O aniversário dela foi naquele mês.
Ela estava muito feliz. Agora, era mulher adulta.
Ela já não ouvia mais as vozes. Já conseguia entender o que era real.
Uma inteligência tremenda. Decifrava os números. Acessava a internet profunda, sozinha.
O mundo era pequeno e os planos diversos. Naquele mesmo dia, ela falou sobre eles. Estava tudo bem.
As redes sociais formavam seu Universo. Era ali que ela acreditava estar seus amigos. Era onde ela mostrava o corpo de uma grande mulher.
Era só uma criança, buscando aprovação.
Fazer exames de sangue? De jeito nenhum! A agulha dói muito.
Por vezes, outra personalidade tomava conta dela. E isso a machucava. Deixava marcas em seus bracinhos, e em seus pensamentos.
Naquele dia, a dor foi muito forte. Ela sabia que havia passado do limite. O remorso tomou conta.
Por amor, ela tomou todos os remédios. Ela tentou se curar. De uma só vez.
Por amor, ela se declarou. As letrinhas já não eram as mesmas. Os remédios estavam fazendo algum efeito. Ela sabia o que aconteceria.
Por amor, ela queria dar a paz para sua mãe. Ela queria deixar a sua família bem. Ela queria encontrar a própria paz.
Por amor, como um anjo, ela voou. Sentindo o vento da liberdade, ela se soltou. Assim, mãe de anjo, sua mãe se tornou.
Com a fé de quem acredita na bondade e na grandeza Divina, seguimos com a esperança de que aquela pequena menina tenha sido acolhida nos braços da mãe Maria.
Piedade Deus Pai. Ela só tinha 18 anos de vida.
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