A maternidade muda a vida da gente né. Impossível passar ileso por isso. E eu acreditava que nasceria a mãe Lívia junto com a filha Maria. Ledo engano.
Logo nas primeiras semana, a rasteira da quarentena. Tentei lavar 5 panos de prato e quase desmaiei de tanta tontura. Já senti o baque ali mesmo. Eu sabia que estava de resguardo, mas me cobrava o corpo forte de sempre. Entendi, eu precisava descansar porque a minha força agora estava nos meus seios.
E assim o tempo foi passando. De repente, eu já não me enxergava trabalhando. E eu fazia o que com minha vontade de ser independente? Decidi ir a luta. Refiz meu curriculum e enviei para diversas vagas. Sem dúvidas, mais de cem. Tive apenas um retorno, de uma vaga que fui até a fase final e perdi por medo. Alguém estava mais segura que eu.
Então, pensei: vou contratar uma profissional de recolocação no mercado de trabalho. Fiz tudo que ela mandou. Um currículo desenhado para cada vaga que eu me candidatava. Nenhum retorno.
Meu sentimento era de inutilidade.
Comecei a olhar para outras mães. Quantas tentavam empreender e desistiam. Quantas não acreditam em si mesmas e, por um processo de auto boicote, deixam de tentar.
Eu estava com medo. Quando tentava olhar para mim mesmo empreendendo, a garganta secava, dava aquele embrulho no estômago. E uma vez até cheguei a vomitar de verdade. Não foi simples.
Tive que mudar o “tenho medo” por “é uma oportunidade de trabalhar, me sentir útil e estar com minha filha”! Tive que mudar o pensamento de que eu estaria abandonando meu sonho de trabalhar com floresta para estou fazendo a floresta acontecer com o conhecimento que tenho hoje.
E principalmente, eu passei a pensar ainda mais em todas as mães que estão nesse blog. É por vocês que aplico o meu conhecimento em mim mesmo. É por vocês que acordo antes da minha filha. É por vocês que tenho foco em uma rotina criativa. É por vocês que eu tenho um foco diário e o persigo.
Pode até soar clichê isso, mas o propósito de seu negócio é o que faz você acordar todos os dias e fazer o que tem que fazer.
Daí você me pergunta: e o nó na garganta? E o medo? Sumiu? Não sumiu. Ele ainda aparece, de forma mais leve. Mas todas as vezes que aparece eu penso que essa minha oportunidade é única e que muitas mães podem melhorar seus resultados com a minha ajuda.
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