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A maternidade faz a força

Foto do escritor: Marina De Oliveira SilvaMarina De Oliveira Silva

Atualizado: 22 de jul. de 2020



Já pararam para pensar na incrível pressão que vem junto com a maternidade? Basta ter em mente que um bebê necessita de 24h de atenção no seu dia. Estamos dentre os animais mais dependentes da face da terra. O Instituto Europeu da Qualidade do Sono constatou que no primeiro ano de vida da criança, os pais perdem 700 horas de sono de qualidade - pode ser dentre amamentação, choros ou mesmo preocupação. Ainda, a citação de Caio Plínio Segundo confirma nossas necessidades como seres humanos: "o homem é o único animal que não aprende nada sem ser ensinado: não sabe falar, nem caminhar, nem comer, enfim, não sabe fazer nada no estado natural, a não ser chorar".


Assim, por mais cansada ou sem paciência que esteja, ainda que compreensível, é esperado que se mantenha firme e doce para que possa ensinar e educar com o seu exemplo de comportamento. Conclusão: bem-vinda ao mundo onde você se torna a responsável integral para que alguém cresça, se desenvolva e aprenda, sem falhas, sem descuidar da aparência e da casa e muito menos do casamento. Fácil! Afinal, todo mundo tem filho, não é mesmo?


Não. Maternidade pode ser tudo, menos fácil.


Somos, assim como nossos filhos, pessoas comuns, com desejos e imperfeições, qualidades e defeitos. Nos tornamos mães, mas continuamos sendo um só ser humano com uma infinidade de responsabilidades e tarefas a mais que precisam ser feitas. E é preciso aceitar que não somos a mulher-maravilha para aprendermos a falar "não" para muitas coisas que até aqui dizíamos "sim", para aprendermos a contrariar a nós mesmas ao deixar a louça para o dia seguinte (ou semana seguinte), a definir o limite em nossas carreiras de forma a perseguir o tão sonhado equilíbrio pessoal x profissional, para aprendermos a tornar nossos maridos em companheiros de verdade, na alegria e nos cuidados com os filhos, na saúde e nas tarefas domésticas.


Me considero bastante organizada, esforçada e comprometida no trabalho, mas em casa...sempre fui inversamente proporcional: preguiçosa, bagunceira e adoro adiar tudo o quanto for possível. Qualquer convite que aparece é mais interessante do que varrer, lavar, passar, limpar. Pode ser sair, ler, assistir um seriado, tocar sax, enfim, são tantas possibilidades. As tarefas podem sempre ficar para depois, afinal, já trabalho pelo menos 40h semanais. Serviço de casa? Só quando não da mais para adiar... Mas e agora com a Lais? Se as "obrigações" de antes já eram demais pra mim, imagine agora! Bom, a casa no geral continua uma bagunça, a pia nunca está livre, a faxina tenho a sorte de ter alguém que me ajuda uma vez na semana, unhas sem esmalte e cabelo sempre preso. Meu foco passou a ser tudo que garantisse a sobrevivência e bem-estar dela. Quero dizer que pode ser que eu já tenha ficado quase sem nada para vestir, mas a Lais sempre tem roupa limpinha para usar (talvez ainda com algumas manchas que não tive paciência para tirar, confesso!).

Pode ser que tenham lançado a melhor série de todos os tempos, mas se na estréia for o dia de limpar o quarto dela, é isso que eu vou fazer. E o armário dela é organizado frequentemente enquanto que o meu está cada vez mais impossível de mexer. Isso eu chamo de "foco no essencial". E dá-lhe bagunça! Cozinhar? Não gosto e nem sei, mas para a introdução alimentar? A cada 3 dias sem falhas! Claro que o fato de não ser comum utilizar temperos nessa fase ajudou bastante nesse desafio! Acordar a noite? Bom, quando eu ainda amamentava fui prática "não tem jeito, será vc e pronto!". Era basicamente um preparo psicológico: eu deitava já sabendo que logo teria que levantar. A partir do momento em que desmamamos, automaticamente, as poucas vezes que a Lais acorda, é o pai quem vai acudir. Voltei ao meu luxo de ser preguiçosa. É isso ai, o que antes era meu dia a dia, agora é luxo! Exercer essas funções desenvolve a paciência e a habilidade de adaptação tão necessárias como em tudo na vida. Nós também crescemos e aprendemos na maternidade, mas é importante saber que se quisermos fazer tudo sozinhas e ainda achar que é possível continuar dando conta de tudo como era antes, não será sustentável e pode causar muita frustração que em nada tem a ver com ser mãe. Precisamos começar a falar de nossas limitações com maior liberdade para que as pessoas a nossa volta ofereçam ajuda e, dessa forma, reconheçam nosso importante trabalho, não remunerado e sem férias, em gerar e criar uma vida.


 

O que encontrei por aí?


Título: Ser mãe é descobrir uma força sem limites.

Autor: Nívea Salgado

Data de Publicação: 14/10/2015


Calculadora do sono dos papais: Lost Sleep Calculator For Parents | Hillarys

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