Rede de apoio é quando alguém vai lavar a louça, aroupa, fazer comida, dar comida para os bichos de estimação, regar as plantas, enquanto a mãe está todo o tempo com o neném, seja no colo ou cuidando dele de alguma forma. Rede de apoio também é quando alguém se prontifica para ficar com o bebê enquanto a mãe cuida dela mesma e com isso, quero dizer: tomar banho, escovar os dentes ou pintar a unha, se assim ela quiser
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Mããããe! Me ajuda???
Por Marina Oliveira
Durante os momentos mais difíceis ou mesmo no esgotamento, eu sempre pensava naquelas mães que estão sozinhas. Seja aquela que mora longe da família ou simplesmente solteira. Não consigo imaginar como seria ter passado por tudo sem meu marido e nossa rede de apoio.
Na volta da maternidade, como já comentei, tive muita dor. Demorava uns 5 minutos para levantar e sentar. Era difícil pensar em como eu cuidaria de mim, da Lais, da Duda e da casa sozinha na licença.
A natureza é sábia rs. Lais dormia bastante nos primeiros 7 dias e durante a noite meu marido buscava e levava até o berço para mamar.
Nas demais tarefas, já entrou minha mãe. Ela ficou com a Duda durante esses 7 dias e lavava as roupinhas da Lais no primeiro mês.
Exatamente 1 mês depois do nascimento, meu irmão casou e éramos padrinhos. Deixamos a Lais com minha sogra p/ não ter que levá-la tão pequena na multidão.
Eu já estava bem melhor das dores e meu marido conseguia ficar boa parte do dia comigo, então conseguia comer e tomar banho sossegada.
Na volta ao trabalho, e até hoje, temos a ajuda de mãe e sogra para estarem com a Lais sempre que precisamos resolver algo, organizar a casa ou em nossas saídas.
Na pior fase do sono, aos 9 meses da Lais, também precisei dormir duas noites na minha mãe, pois estava várias noites virada.
Elas nos ajudam com a experiência (no caso da minha sogra é em dobro já que ela pedagoga e trabalhava em creche), com a serenidade, com o amor de vó. E sem elas não teria sido possível. Facilitam nosso dia-a-dia e proporcionam à Lais toda a diversão que ela tanto ama.
Um trabalho em equipe!
Por Lívia Macêdo
Sabe aquele trabalho que vc acorda, já sai atrasada, chega com o chefe cobrando, não consegue tirar férias, não consegue dormir porque só pensa nele, e tem horas que parece que vai surtar de tanta exigência? UFA!! Pois é, ser mãe é assim. São 24 horas de trabalho sem tempo para relaxar. E se você escolheu cuidar pessoalmente de sua cria até que ele / ela seja um pouquinho mais independente ou ir para escola, então esse trabalho é mais exigente ainda.
No meu caso, ainda temos um pequeno agravante: moramos longe dos meus pais, irmãs e demais parentes. Ou seja, somos só eu e minha pequena. Afinal, alguém tem que pagar as contas e, no caso, o papai. E ele passa o dia todo no trabalho dele.
E como eu consigo viver assim? Às vezes nem eu sei rs. Não adianta colocar panos quentes e dizer que é simples. Sim, por amor, a gente vence tudo. E acho que é isso que faz com que, depois de ela pedir suco, eu dar, e ela jogar TODO no chão (acreditem, de propósito, sem acidentes), eu, mesmo brava, consigo pegar o pano de chão e ensina-la que não se joga comida no chão e que se sujou, tem que limpar. Sim, porque além de amor, ser mãe é também ensinar né.
Mas você só cuida dela!! Pois é, só cuidar da minha filha, significa ser exemplo 24h, significa ter que estar preparada para todo tipo de emoção 24h, significa deixar sua vida de lado e viver a vida de alguém que precisa que você tenha sua vida rs. E ter sua vida é importante para que você mantenha sua autoestima de pessoa e mulher acesa. Lembrando, vc é o exemplo. E que exemplo eu seria se eu estivesse sempre triste, de cabeça baixa, sem vontade de fazer qualquer coisa? E mesmo assim, ainda tem gente que olha estranho, quando apareço descabelada hahaha
Eu precisei de ajuda para cuidar de minha única filha. Nisso, ter uma rede de apoio é de extrema importância.
- mas você falou que não tem parentes por perto!
Exatamente. Mas isso não significa que não tive apoios. Nos primeiros 2 meses de nascimento, minha mãe esteve ao meu lado. Tudo que ela podia, ela ajudava. Tive o resguardo nesse período, além do cansaço físico. Ele me ajudou desde passar uma vassoura na casa, cozinhar, até cuidar de Maria para eu tomar um banho ou ir ao banheiro.
Depois disso, a diarista que trabalha comigo até hoje, Adélia, passou a estar presente de 1 dia para 3 dias (agradeço muito ao meu marido que pôde pagar por isso, auqi entra o papel do trabalho dele na rede de apoio também). A gente já tinha nossa rotina e quando ela estava presente, eu conseguia um pouco de tempo para ter minha própria vida e escrever minha dissertação de mestrado (preciso ter minha vida, lembra?!).
Não posso esquecer também do apoio de vizinhos. Por diversas vezes, Lívia, minha xará, olhava Maria para eu tomar um banho ou até mesmo para eu preparar a comida de Maria. Certo dia, tive uma enxaqueca que não consegui abrir os olhos e, graças a Deus, Lívia estava lá para cuidar de Maria. Eu apaguei.
E claro, tem os parentes que vemos quando viajamos. Dai, a equipe de apoio passa para 5 pessoas além de mim. Eu, minha mãe, meu pai, minha irmã, titia Rita e Rosinha. Equipe de trabalho perfeita!
Ser mãe é saber trabalhar em equipe. Hoje, com Maria maiorzinha, consigo deixa-la brincando com as amiguinhas, próximo a mim, enquanto dou continuidade a meus estudos. Observe que até as amiguinhas fazem parte dessa rede. Sem todas essas pessoas, meu estado de sanidade certamente estaria mais comprometido rsrs.
Espero que você também possa contar com o amigo, vizinho, primo, ou mesmo uma babá e professoras da creche (que em breve farão parte de nossa rede de apoio). Há ainda grupos de mães que se ajudam nessa missão e, caso você não tenha ninguém próximo, vale procurar um desses grupos. Toda e qualquer ajuda é bem vinda para esta equipe.
Gratidão a todos vocês que participam dessa nossa jornada de trabalho da vida!
De que rede de apoio estamos falando?
Por Marcela Elisa
Absolutamente 100% das mães que conheço sonha em ter uma rede de apoio firme e fincada na terra. Sim, porque se tem um único fato que realmente faz diferença para uma mãe, que acaba de parir (e nos próximos 12 meses subsequentes de parir), é a tal da rede de apoio.
“Mas Marcela, rede de apoio é quando a mãe precisa trabalhar e não tem com quem deixar a criança?” Não, minha gente! Rede de apoio é quando alguém vai lavar a louça, a
roupa, fazer comida, dar comida para os bichos de estimação, regar as plantas, enquanto a mãe está todo o tempo com o neném, seja no colo ou cuidando dele de alguma forma. Rede de apoio também é quando alguém se prontifica para ficar com o bebê enquanto a mãe cuida dela mesma e com isso, quero dizer: tomar banho, escovar os dentes ou pintar a unha, se assim ela quiser.
O problema começa quando uma chuva de julgamentos e falta de empatia começam a ser despejados na cabeça desta mulher, sendo o principal deles, este aqui: “mas você não sabia que seria assim?”. E posso falar? Não, não sabíamos! E mesmo que soubéssemos, quem disse que não temos o direito de descanso, de autocuidado, de um banho demorado ou de ser cuidada com comida quente e um cafuné de sobremesa?
Até eu, que sempre confiei em minha rede de apoio, visto que moro no mesmo terreno que meus pais e meu companheiro Pedro tem um horário flexível no trabalho, me vi por meses e meses, sozinha. Digo, sozinha com meu Francisco. Tendo que almoçar (quando almoçava) comida fria (por dias!), tendo que fazer xixi com ele no colo e o pior de tudo: tendo que lidar com meus sentimentos totalmente descontrolados por conta dos hormônios, muitas vezes, sozinha ou rezando para minha Santa Sara no altar que tenho em casa.
Foram dias bem difíceis. E sabe por que isso acontece? A mulher enquanto está grávida é o centro das atenções. Aquela barriga redonda e os pés inchados atraem todo e qualquer cuidado e carinho. É um alisa daqui e alisa de lá que não tem fim. Aliás, tem fim. No dia em que a criança nasce e vem para os braços, os olhares saem instantaneamente daquela mulher e passam para o bebê, como numa mágica rápida e sem rodeios. Deste momento em diante, a mulher toma um chá de invisibilidade. Não, não estou exagerando, acreditem. Perdi as contas de quantas vezes as pessoas vieram visitar o Chico recém-nascido e não perguntavam como eu estava. Ou quando chegávamos em algum lugar e todos vinham “aaah que gracinha, bilu bilu” e eu ficava com os braços voando esperando o abraço de “oi”.
Talvez a única pessoa (a única mesmo) que sempre me olhava com atenção, foi a minha mãe, Darlene. Que bom que ela esteve por perto. Talvez eu estivesse sendo injusta se também não citasse algumas amigas, a tia Raquel e minha terapeuta Silvia, como cuidadoras de mim, no entanto, a minha mãe foi a que mais se destacou não só pelo olhar carinho que ela me derramava toda vez que vinha ver o netinho, mas também por esse cuidado ter se estendido até agora, 1 ano depois. Eu ainda conto muito com a minha mãe! Até hoje, ligo pra ela e falo: “mãe, preciso terminar meu texto do mestrado, você fica com o Francisco?”, “sim”; “mãe, preciso ir para uma reunião, fica com o Chico?”, “sim”; “mãe, quero dormir um pouco, cuida do neném um pouco?”, “sim”. Não há palavras que expressem a gratidão que sinto por a minha mãe conseguir fazer a vez de uma rede de apoio quase toda.
Mesmo assim, me ponho a refletir incansavelmente: Não seria mais fácil se todos entendessem que a tal rede fica mais fluida e mais leve quando há a doação de tempo e de amor a toda e qualquer mãe que tenha seus bebês pequenos?
Sim, meus caros e minhas caras, a gente ainda precisa aprender a viver em rede. E, principalmente, desmistificar aquela célebre frase inflexível “quem pariu Pedro que o embale”. Na verdade, quem pariu Pedro com certeza vai embalar muito mais vezes do que qualquer outra pessoa nesse mundo, mas não custa nada você (que ainda não pariu, que já pariu faz tempo ou que nunca vai parir) dar uma mãozinha e lavar aquele copo sujo de café que a última visita bebeu. Não custa nada, vai.
O que achamos por aí!
Casa curumim - Grupos de apoio a mamães
Onde: São Paulo
Sobre: a Casa Curumim é reconhecido como um espaço multidisciplinar especializado em aleitamento materno. Oferece diversas oficinas gratiuitas e pagas, além de grupos de apoio para mães.
Renascendo após a mternidade
Onde: Brasil
Sobre: O "Renascendo após a maternidade"é um projeto liderado pela Bainca Amorim que apoia mães em diversas situações. Entre outras, apresenta uma página com links de grupos de apoio a mães em diversas cidades brasileiras.
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