O Carnaval da Lais
Por Marina Oliveira
A Lais é muito festeira! Escuta uma música (pode ser até o toque do celular) e já sai rebolando. Nas viagens que fazemos, sai dançando na rua pra chamar a atenção. Se dão bola então, aí que não para rs.
O carnaval pra ela é alegria! No primeiro carnaval dela, tinha 7 meses. Compramos um
body de sereia, mas ela curtiu mesmo foi a invenção da vovó de se vestir de Eva! :D
Nesse ano, tem uma fantasia toda lindinha cheia de pompoms! Fica toda vaidosa dançando em frente ao espelho vendo como a saia se mexe. E já ganhou chocalho, corneta e garrafa d'água pra bagunçar. Vai loooonge já que ela dorme tarde normalmente rs.
Ainda não conseguimos levá-la nos bloquinhos de São Paulo, pois viajamos os dois anos, mas tenho certeza que ela faria a festa! Da janela da vovó consegue ver um bloquinho e faz a festa na varanda mesmo!
No fim das contas, ela não precisa do Carnaval pra fazer a festa rs tudo é motivo para a farra! A Duda é uma bela companheira também, ajuda com a corneta! Eu que nunca fui muito fã de Carnaval, agora tenho que entrar na folia rsrs.
Só um bloquinho de carnaval mesmo!!
Por Lívia Macêdo
Ah o carnaval!!!! Como eu adoro! Ainda por cima se tiver música nordestina, ai eu amo ainda mais . E é lógico, que estou ensinando tudinho a minha filha.
No sábado de carnaval, Maria vestiu a roupinha dela (eu a vesti, né) de mulher maravilha, super poderosa e já falou: mamãe, carnaval! Só que sem a coroa!
Aproveitamos um evento super bem organizado do Shopping Eldorado. Como o irmão
dela, de 15 anos, veio ficar conosco, então, estando no shopping, já agrada aos 2. Brincamos um monte, jogamos confete e serpentina de papel para cima. Dançamos e vimos muitas outras mulheres maravilhas!
Antes do carnaval, Maria e eu estávamos vindo de uma semana tensa, com uma mistura de rejeição e adoração pela escola, do lado dela, e uma mistura de necessidade de afastamento e saudade da minha menina sempre ao meu lado. Estávamos completamente fora de compasso. Para melhorar, na sexta-feira de carnaval, neguei a oportunidade de dar aulas para graduação todas as noites por não me sentir pronta para me afastar de minha filha justamente neste no período noturno. Meus órgão internos não estavam tocando a mesma música.
Resultado desse descompasso, foi o resto do carnaval de cama. Minhas duas amigdalas inflamaram a tal ponto que eu não conseguia deglutir nada. Minha cabeça querendo empurrar guela abaixo para o meu coração tudo que pretendo fazer, toda minha motivação de mulher da sociedade atual, mas meu coração só quer minha menina. As bandinhas tocaram o mais alto som e o conflito interno gerou a febre de 39 graus, nas duas (por sorte, em dias diferentes).
E no meio de tudo isso a minha cabeça fica pensando: pelo menos foi no carnaval, o papai está aqui para cuidar da gente. Mas precisa passar logo; tenho muito a fazer; tenho que me candidatar a empregos; Maria precisa gostar da escol; tenho que estar segura para minha filha; Maria está de novo na frente da tv; que #$%$@&% essa doença logo no carnaval.
Para melhorar, minha irmã ainda indaga: Isso está parecendo conflito de separação!
Nessa hora toca a banda do eu já sabia!!!!
Só que essa solução eu não tenho. Sim, eu preciso de tempo para cuidar de mim mesmo; sim, eu preciso que Maria cresça independente de mim, com os amigos dela, pronta para viver em sociedade; não, eu não quero ficar longe da minha menina por muito tempo. As notas não formam um harmonia para esta letra.
Ainda assim, é preciso seguir no ritmo da banda vida. E acabado carnaval, estamos nos recuperando. Eu e ela, ao mesmo tempo. E entendo mais uma vez que não se trata de uma separação, mas de um momento de independência. Chegada a hora, eu estarei na porta da escola esperando meu beijo e meu abraço ao som de: mainha!!!! E de noite, no balanço da rede do quarto, seremos nós duas outra vez, aconchegadas, prontas pro embalo do sono até o sol raiar!
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