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O pior lado da (minha) maternidade

Foto do escritor: Marina De Oliveira SilvaMarina De Oliveira Silva


Sempre quis ter mais de um filho, mas toda vez que a Lais fica doente, quero desistir do próximo. Sei e dou graças a Deus por ela sempre estar muito saudável, mas definitivamente, não sei lidar com ela não estando bem. Qualquer que seja o motivo. Não durmo, não como, não me concentro, não penso em outra coisa e ainda por cima travo e não consigo tomar decisões. Se eu tivesse médico na família, certamente eu estaria bloqueada no whatsapp dele. Sou extremamente neurótica. E isso porque foram poucas as vezes que ela ficou doente. E todas não passaram de um resfriado. E ela, agitada desde sempre, não facilita nossos cuidados com ela. Não deixa medir febre (tem que ser termômetro de testa e com ela dormindo), não deixa fazer inalação (também tem que ser dormindo e com muita cautela para que não acorde no meio), não facilita para tomar o remédio. O lado bom é que nunca perde o apetite e a animação, que é o que me tranquiliza. Quando fica mais molinha, meu coração já dói em desespero. Ao mesmo tempo que quero ir ao hospital, detesto a ideia de estar com ela nesse ambiente. Fomos uma única vez quando ela teve reação ao ovo (não sabíamos que era isso e nem o hospital - acabamos percebendo isso depois por nós mesmos) e já saíram espetando a mãozinha dela e examinando mil coisas que acabei só querendo tirar ela de lá o mais rápido possível ainda contra a vontade dos médicos de lá. Assim, acabo sofrendo em casa mesmo matutando em vão o que fazer para que num estalar de dedos ela esteja 100% novamente. Certa vez, teve inflamação na garganta e eu viajava a trabalho no dia seguinte. Por sorte tinha consulta no pediatra, que já receitou anti-inflamatório (única vez que tomou remédio sem ser anti-térmico). Ela que no geral qualquer febre bate perto de 39, dessa vez passou de 40. Haja banho morno, remédio e coração para segurar em casa e não sair correndo ao hospital. No dia da viagem, ainda tinha febre e resolvi chamar um médico em casa (o plano de saúde dela oferece para crianças menores de 12 anos). Ele me acalmou repetindo o que já tinha ouvido do pediatra - que demora 3 dias de febre e que é normal ser tão alta por ser vírus, além de que ela aparentava estar bem pois continuava peralta. Fui viajar mas pedia para meu marido medir a febre a cada 15 minutos. E o voo de 40 minutos da volta foi infinito. Achei que eu morreria de ansiedade no caminho. Não chegava nunca e, sem whatsapp, comecei a imaginar milhões de situações ruins que me deram até dor no peito. Nesses momentos, só penso que não tenho preparo psicológico para passar por isso novamente com outro bebê. Não vejo a hora da Lais falar para ser mais fácil a comunicação nesses momentos. Outro momento muito tenso é quando ela fica resfriada em viagens. Fico louca com a ideia de estar longe do pediatra. Imagino ela piorando e não tendo o atendimento adequado. Acho que rezo tanto que apesar de ter ficado dodói, nunca teve nada sério longe de casa! Mas claro que sempre me arrependo de ter ido e juro nunca mais ir (até que passa e marco a próxima viagem rs). Isso porque os momentos bons valem tão a pena que acabo esquecendo os apuros. Talvez, se colocar na balança, quem sabe a Lais ainda tenha um irmãozinho rsrs.

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1 Comment


Lívia Macêdo
Lívia Macêdo
Mar 02, 2020

Ai que dó dessa tiquinha!! Ainda aposto num irmãozinho pra Laís hein hahaha

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